Ângulo de abertura

Em iluminação, o ângulo de abertura refere-se à amplitude com que o feixe de luz é distribuído pelo espaço a partir de uma fonte de luz. Os ângulos de feixe são medidos em graus, desde o pico da intensidade da luz até ao ponto em que a sua intensidade diminui em cerca de 50%, e são descritos visualmente através de curvas de distribuição luminosa.

A NEMA (Associação Nacional de Fabricantes Eléctricos, dos Estados Unidos) classificou em sete grupos os diferentes ângulos de modo a organizar e normalizar a distribuição da luz dos projetores e luminárias direcionais naquele mercado.

Esta classificação não é adotada universalmente, pelo que é comum encontrar denominações diferentes para alguns ângulos de abertura e padrões de distribuição da luz. Os ângulos mais fechados são geralmente apelidados de spots ou spotlights (focos). Os mais abertos podem surgir com outras denominações como sejam flood light, wall washer ou batwing (esta última referindo-se à forma descrita pela luz numa curva de distribuição luminosa, que se assemelha às asas de um morcego)

A escolha do ângulo de abertura é determinante no efeito da iluminação no espaço. Os ângulos mais fechados são usados para iluminação de realce ou de trabalho, enquanto que os mais abertos são usados para iluminação geral/ambiente, onde a obtenção de uma iluminação uniforme é mais relevante.

A localização das luminárias em relação à área ou objeto que se pretende iluminar é um fator importante a considerar. Num espaço onde o objetivo seja obter uma luz ambiente e difusa, com a maior abrangência possível, o ângulo de abertura deverá ser maior. No entanto, e por exemplo, considerando um espaço iluminado por candeeiros de teto onde o pé-direito é muito grande, poderá fazer sentido a escolha de um ângulo de abertura menor.

Noutros casos, como seja a iluminação de objetos ou obras de arte, a luz precisará de ser focada, e portanto o ângulo de abertura deverá ser mais fechado.

Quando pensado em conjunto com a distribuição da luz, o ângulo de abertura pode dotar a iluminação de grande interesse visual. Alguns exemplos são a exposição de obras de arte, como já referido, mas também na arquitetura paisagista ou em jardins, de maneira a iluminar um elemento específico como uma árvore.

Candeeiro de parede Dodo, com um ângulo de abertura mais fechado em cima e mais aberto em baixo.	Projetor Focus, cujo feixe de luz mais direcionado cria um efeito que permite isolar e destacar objetos ou áreas	Iluminação de uma galeria recorrendo a vários spots de encastrar em pavimento Trond

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Última atualização: 04/01/2024